Wednesday, August 31, 2011

Metástases Cerebrais

Metástases

As metástases cerebrais ocorrem em 20% a 40% dos pacientes com câncer. Com o desenvolvimento de novos tratamentos para os paciente oncológicos e aumento da sobre-vida, a metástase cerebral tem aumentado sua incidência e sendo um problema cada vez mais freqüente.

 

O tratamento das metástases cerebrais necessita de uma abordagem multiprofissional. Não existe um tratamento único para todos os casos. É necessária uma analise de cada caso individualmente.É importante avaliar o estado clinico do paciente.

Na oncologia foram desenvolvidas algumas escalas com o objetivo de tornar mais organizada o quadro clinico do paciente. Destacaremos: Karnowsky score que ajuda a definir o prognostico e definir o tratamento.

 

Karnowsky score

100% - normal, sem queixas, sem sinais de doença

90% - capaz de atividade normal, poucos sinais ou sintomas de doença

80% - atividade normal com alguma dificuldade, alguns sinais e sintomas

70% - capaz de cuidar de si próprio, incapaz de atividade normal ou trabalho

60% - necessidade de alguma ajuda, capaz de cuidar da maioria das necessidades próprias

50% - frequentemente necessita de ajuda, necessita de atenção médica frequente

40% - incapaz, necessita de cuidado especial e ajuda

30% - gravemente incapaz, admissão hospitalar indicada mas sem risco de morte

20% - muito doente, necessidade de admissão imediata e medidas de suporte ou tratamento

10% - moribundo, rápida progressão para doença fatal

0% - morte.

 

A Radiocirurgia estereotáxica tem sido apropriada para pacientes com metástase que apresentam de 1 a 4 lesões cerebrais, menores de 4 cm de diâmetro. Vale ressaltar que a literatura médica tem sido controversa e diversos trabalhos científicos discutem sobre temas controversos em Radiocirurgia.

 

Alguns temas que são freqüentes em Congressos e  artigos sobre Radiocirurgia que ainda não possuem evidência definitiva:

1-    Existe número máximo para lesões tratadas com Radiocirurgia ?

2-    Quando fazer Whole Brain ou Radiocirurgia ? Aguardar até quando ?

3-    Qual o volume máximo da lesão tratada por radiocirurgia ?

 

Caso você seja profissional de saúde ou deseje saber mais sobre esse tema, existem diversos artigos. Sugiro mais informações no Blog Radiocirurgia sub-tema Metástases.

 

Referências:

 1. Clinical Therapeutics from The New England Journal of Medicine 2010— Stereotactic Radiosurgery for the Management of Brain Metastases.

2.  Gamma Knife Neurosurgery 2010   Jeremy C. Ganz (Author)

 

AVISO: A medicina é uma área em constante mudança. Os autores procuraram fornecer informação que seja correcta e completa à data da publicação. Contudo, atendendo às rápidas alterações que ocorrem na ciência médica e do mesmo modo à possibilidade do erro humano, este sítio pode conter inexactidões técnicas, tipográficas ou outros erros.


Por Júlio Leonardo Barbosa Pereira

www.radiocirurgia.com.br

Saturday, August 27, 2011

Radiocirurgia

A radiocirurgia é uma  técnica minimamente invasiva designada para realizar uma alta dose de radiação ionizante em um alvo com o objetivo desencadear uma resposta radiobiologica. Foi originamente desenvolvida para tratar lesões intracranianas com altas doses de radiação precisamente marcadas com auxilio de técnicas estereotáxicas.

A radiocirurgia vem crescendo nos últimos anos com o acréscimo de diversas técnicas e equipamentos. Nos últimos anos a radiocirurgia tem sido utilizada para uma amplo espectro de patologias extracranianas como tumores de coluna, prostáta, pulmão e figado.
Referência Bibliografica:
Mais informações:
AVISO: A medicina é uma área em constante mudança. Os autores procuraram fornecer informação que seja correcta e completa à data da publicação. Contudo, atendendo às rápidas alterações que ocorrem na ciência médica e do mesmo modo à possibilidade do erro humano, este sítio pode conter inexactidões técnicas, tipográficas ou outros erros.

Friday, August 26, 2011

Schwanoma Vestibular

O Schwanoma Vestibular é um tumor histologicamente benigno de crescimento lento, correspondendo a 75%-86% dos tumores de ângulo-ponto-cerebelar (região intracraniana importante com diversos nervos cranianos). A evolução deste tumor é imprevisível  com taxa anual de crescimento de 0,2 mm  -  2mm.

Para organizar o estudo e definição do tratamento foi criada uma escala (Koos)  que avalia o tamanho e a extensão.  ( T1 puramente intracanicular; T2 Intra ou extra-meatal; T3 Angulo ponto-cerebelar; T4 Compressão do tronco cerebral)

 

O tratamento do Schwanoma Vestibular necessita de uma abordagem multiprofissional. Não existe um tratamento único para todos os casos. É necessária uma analise de cada caso individualmente.


A Radiocirurgia estereotáxica tem sido apropriada para pacientes com Schwanoma, a literatura médica tem acumulado nos últimos anos. Sendo a radiocirurgia sendo um opção terapêutica, principamente para pacientes com Koos I, II e III ou na complementação da ressecção parcial do paciente com Koos IV. Outro aspecto relevante na decisão é a idade do paciente.

 

Alguns temas sobre radiocirurgia que ainda não possuem evidência definitiva sendo necessário discutir cada caso individualmente.

 

Caso você seja profissional de saúde ou deseje saber mais sobre esse tema, existem diversos artigos. Sugiro mais informações no Blog Radiocirurgia sub-tema Neurinoma.  ouBlog Neurocirurgiabr

 

 

Referências:

 

1.Practical Handbook of Neurosurgery From Leading Neurosurgeons Sindou, Marc (Ed.) 

 

AVISO: A medicina é uma área em constante mudança. Os autores procuraram fornecer informação que seja correcta e completa à data da publicação. Contudo, atendendo às rápidas alterações que ocorrem na ciência médica e do mesmo modo à possibilidade do erro humano, este sítio pode conter inexactidões técnicas, tipográficas ou outros erros.

Thursday, August 25, 2011

Paciente bem informado. E agora, Doutor ?


"A nova fonte de poder não é o dinheiro nas mãos de poucos, mas informação nas mãos de muitos." John Lennon

Cada vez mais os paciente tem acesso a informação médica. Não se tem dúvida que isto é algo muito positivo. O conhecimento deve ser difundido. Entretanto os médicos estão pouco preparados para isto. Existe um excelente entrevista no Jornal do Cremespcom Dra. Wilma sobre o tema que reafirma isto.

É difícil encontrarmos material para leitura sobre o tema. Talvez tenhamos que aprender um pouco de pedagogia. Com o objetivo de melhorar essa relação, costumo seguir 5 dicas para melhorar essa relação.

1)   Seja Pró-ativo

Uma estratégia que gosto de usar é estimular o paciente a buscar informações na internet. Por mais que existam informações equivocadas na internet, existem ótimas fontes. Pergunte e estimule seu paciente a fazer isso.

2)   Discuta as Dúvidas

Todos nós sabemos que não existe uma verdade única na medicina. Certamente por mais que não verbalize seu paciente e familiares tem várias. Seja específico e pergunte isso.

3)   Disponha de fontes confiáveis

Como sabemos que na internet existem diversas fontes não confiáveis. Disponha de fontes confiáveis e ofereça ao seu paciente. Costumo dizer dois ou três sites sobre algumas doenças e estimulo que ele leia.  Caso o paciente ou familiares dominem o inglês ficará mais fácil.  Sugiro UpToDate For Patient e oMedlineplus for Patient

4)   Não seja onipotente

Estamos cansados de ver debates e discussões em congresso. Mas quando somos questionados por um paciente não é incomum se sentir ofendido. Precisamos mudar essa cultura. A dúvida é própria da natureza humana. Costumo argumentar o motivo porque não concordo com certa informação ou opção terapêutica com bastante naturalidade. Não podemos esquecer que o paciente deve participar do seu tratamento.

5)   Esteja disposto a aprender

Será possível aprender com um paciente sobre uma doença? CLARO ! Parece algo obvio mas se você não estiver disposto a isso deixará de aprender muito.

Júlio Leonardo Barbosa Pereira 



Monday, August 22, 2011

Tumor de Hipófise

 
Representa aproximadamente 10% dos tumores intracranianos e geralmente é originada da parte anterior da glândula hipófise. Todas os tipos de células da glândula pode dar origem ao tumor. E o tipo celular será essencial para definir o tipo de tumor e qual hormônio será produzido.  Mas também podem ser tumores não funcionantes.
São tumores benignos e que os sintomas dependem de compressões diretas dos tumores, podendo ocorrer compressão do nervo óptico e outros nervos cranianos alem de sintomas relacionados a hipertensão intracraniana.
O diagnostico do tumor de hipófise são realizados por ressonância magnética. Os tumores podem ser divididos em 4 grupos. Grau I (10 mm); Grau II ( >10mm sem invasão); Grau III ( Com invasão local) e Grau IV ( invasão difusa na base do crânio e/ou espaço intracraniano). Por produção hormonal pode ser classificada como (seguindo a ordem descrecente de freqüência) : secretores de Prolactina ( prolactinomas ), GH (acromegalia), os Não-secretores e os  secretores de ACTH (Doença de Cushing).
 
O tratamento do Adenoma de Hipófise necessita de uma abordagem multiprofissional. Não existe um tratamento único para todos os casos. É necessária uma analise de cada caso individualmente. Quanto ao tratamento, o tratamento cirúrgico é necessário na maioria das lesões sintomáticas ( com alteração visual ou de nervos cranianos), com excessão dos prolactinomas por serem bons respondedores a medicação (Agonista de dopamina).

O tratamento cirúrgico pode ser realizada por via Transfenoidal ( realizado com auxilio de endoscopia – pelo nariz) ou transcraniana ( sendo necessária craniotomia – abertura cirúrgica do crânio) Sendo esta definição deve ser realizada pelo neurocirurgião a depender das características anatômicas do tumor.
 
A Radiocirurgia estereotáxica pode ser realizada como tratamento em situações especificas. Podemos destacar:
Lesões recorrentes
Lesões residuais
Lesões primarias no seio cavernoso.
 
Alguns temas sobre radiocirurgia que ainda não possuem evidência definitiva sendo necessário discutir cada caso individualmente. 
Caso você seja profissional de saúde ou deseje saber mais sobre esse tema, existem diversos artigos. Sugiro mais informações no Blog Radiocirurgia sub-tema Adenoma de Hipofise ou http://neurocirurgiabr.com/category/brain-tumor/
Referências:
1. Practical Handbook of Neurosurgery From Leading Neurosurgeons Sindou, Marc (Ed.)

AVISO: A medicina é uma área em constante mudança. Os autores procuraram fornecer informação que seja correcta e completa à data da publicação. Contudo, atendendo às rápidas alterações que ocorrem na ciência médica e do mesmo modo à possibilidade do erro humano, este sítio pode conter inexactidões técnicas, tipográficas ou outros erros.

Sunday, August 21, 2011

Glioma Baixo Grau

Os Gliomas de baixo grau são tumores primários do sistema nervoso central classificados como Grau I e II segundo a OMS ( essa é uma das mais importantes classificações dos tumores cerebrais indo do grau I ao IV por ordem crescente de malignidades). Os gliomas Baixo Grau mais comuns são o astrocitoma ( Fibrilar ou protoplasmático), Oligodendroglioma, astrocitoma mistos, Gangliogliomas, Astrocitoma pilocitoco ( mais comum na infância).

 

A manisfestação clinica mais comum é a crise convulsiva, sintomas focais como fraqueza local ( braço ou pernas) além de sintomas como cefaléia e vômitos.O diagnostico é realizado através de exames de imagem, sendo o mais especifico a Ressonância magnética.

 

O tratamento dos gliomas devem ser sempre que possível a ressecção cirúrgica. Sendo necessário avaliar a localização da lesão para avaliar a possibilidade de ressecção completa.

 

Algumas vezes a ressecção completa não é possível sendo necessário utilizar de outros tratamento complementares como Quimioterapia, Radioterapia e radiocirurgia. Vale lembrar que estamos falando de uma grande número de tumor e cada um com um comportamento diferente. A necessidade do uso do tratamento complementar irá depender do tipo histológico e do grau de ressecção do tumor.

 

O tratamento do Glioma Baixo Grau necessita de uma abordagem multiprofissional. Não existe um tratamento único para todos os casos. É necessária uma analise de cada caso individualmente.

 

 

Caso você seja profissional de saúde ou deseje saber mais sobre esse tema, existem diversos artigos. Sugiro mais informações no Blog Neurocirurgiabr sub-tema Brain Tumor.

 

AVISO: A medicina é uma área em constante mudança. Os autores procuraram fornecer informação que seja correcta e completa à data da publicação. Contudo, atendendo às rápidas alterações que ocorrem na ciência médica e do mesmo modo à possibilidade do erro humano, este sítio pode conter inexactidões técnicas, tipográficas ou outros erros.

Saturday, August 20, 2011

Orientações Pós-operatório de Tumor Cerebral


Serviço de Neurocirurgia

Pós-operatorio de Tumor Cerebral
Instruções para Alta Hospitalar

Atividades:
  • Não dirija veiculos automotivos por 1 mês.
  • Não beba bebidas alcolicas em uso de analgesicos.
  • Não carregue ou levante peso por um mês.
  • Aumente lentamente suas atividades diarias conforme for se sentindo confortavel.

Cuidados Ferida Operatória:
  • Conserve a ferida cirurgica limpa e seca até a retirada dos pontos.

Problemas comuns:
  • Fatiga : irá se resolver aos poucos
  • Constipação intenstinal (Dificuldade para defecar): mantenha um alimentação leve, rica em fibras e em liquidos.
  •  Desconforto no local da ferida cirurgica e ausência de sensibilidade: geralmente se resolve em 2-3 meses.
  • Edema em face ( Inchaço): usualmente resolve em semanas.
  • Dor na mandibula no lado da cirurgia: usualmente resolve em semanas.

Procurar atendimento médico:
  • Inchaço, vermelhidão ou secreçao no local da ferida operatória.
  • Febre ( temperatura maior que 37,8º C)
  • Aumento da dor de cabeça
  • Aumento da dificuldade para engolir, fechar os olhos ou vermelhidão nos olhos.
  • Dor ou endurecimento no pescoço.
  • Nauseas, vômitos, sonolencia excessiva, incapacidade para andar.
  • Qualquer problema novo na fala, visão e força dos braços e pernas.
  • Crise convulsiva ( ficar se batendo e perder a consciência).

Acompanhamento:
  • Use as medicações conforme orientações do seu médico.
  • Retirar a sutura em 8 – 10 dias.
  • Retorno para avaliação ambulatorial em: ___/____/____ às ____:_____

Outras Informações:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Por: Júlio Leonardo Barbosa Pereira

Neurocirurgia - O que todo mundo quer saber.


Meningioma Cerebral

O meningioma é, na maioria das vezes, um tumor benigno originado das meninges. O meningioma é um dos tumores mais comuns, representando cerca de 15-20% dos tumores intracranianos.  É mais comum no sexo feminino e com pico de incidência entre os 40 e 60 anos.

A sintomatologia do meningioma depende muito da sua localização. Podendo ser cefaléia e sintoma focais associados a sua localização.
 
O tratamento do Meningioma necessita de uma abordagem multiprofissional. Não existe um tratamento único para todos os casos. É necessária uma analise de cada caso individualmente. O manejo do meningioma depende do seu tamanho, localização, taxa de crescimento e idade do paciente. Na maioria das vezes o tratamento de escolha, quando indicado tratamento especifico, é a ressecção cirúrgica.
 
A radiocirurgia estereotáxica é indicada em casos específicos (destacamos alguns):
Meningioma do seio cavernoso
Meningioma Petroclivais
Meningioma Parasagital
Meningiomas Malignos e Anaplasicos
Hemangiopericitomas
 
Alguns temas sobre radiocirurgia que ainda não possuem evidência definitiva sendo necessário discutir cada caso individualmente.
 
Caso você seja profissional de saúde ou deseje saber mais sobre esse tema, existem diversos artigos. Sugiro mais informações no Blog Radiocirurgia sub-tema Meningioma   Ou  Blog Neurocirurgiabr
Referências:
1. Practical Handbook of Neurosurgery From Leading Neurosurgeons Sindou, Marc (Ed.)

Tumores Cerebrais (Tipos)

Os tumores cerebrais foram classificados originalmente em 1926 por Cushing e Bailey. Em 1957 a OMS (Organização Mundial de Saùde) criou uma classificação e sistema de graduaçào que desde então tem sido aceita em todo o mundo. Sendo sua última revisão em 2007 (na sua quarta edição) .

OMS Grau I  Lesões de baixo potencial de proliferação.

OMS Grau II Lesões geralmente infiltrativas com baixa atividade mitotica. Alguns tipos de tumores progridem para alto grau de malignidade.

OMS grau III Incluem lesões com evidência histologica de malignidade, geralmente com atividade mitotica, com capacidade infiltrativa e anaplasia.

OMS grau IV Incluem lesões com atividade mitotica intensa, com areas de necrose e geralmente associada a rápida evolução da doença.

 

O objetivo da classificação é organizar e sistematizar o tratamento, prognóstico e os estudos sobre os tumores cerebrais. Existem outras classificações, em geral os tumores podem ser classificados em axial (glioma) e extra-axial (meningioma) ou primário cerebral ( Gliomas) ou secundário ( Metástases).

Daremos enfâse a alguns Tumores Benignos (Clique ao lado)


Fonte: www.radiocirurgia.com.br


Referências:

1.Handbook of Neurosurgery:  Mark S. Greenberg (Author), Nicolas Arredondo(Contributor), Edward A. M. Duckworth (Contributor), Tann A. Nichols(Contributor)

2. Practical Handbook of Neurosurgery From Leading Neurosurgeons Sindou, Marc (Ed.)